

UNITY
PROJETO
BACKGROUND
E aí, galera!? Já deu uma olhada nos muros brancos da cidade? Eles representam um ponto branco de simplesmente nada. E um muro grafitado? Um ponto colorido recheado de histórias, superações, culturas e ideologias. Esse é o Projeto Background, um website que vai abrir sua mente para o universo do grafite.

Atenção spoiler!
Já podemos dizer que, se você estava planejando ver o grafite como algo generalizado, tá enganadão!
Mas, por que nós da produtora Unity nomeamos essa página como Projeto Background?
Simples! Se formos lá no Google, ele irá definir “Background” como:
substantivo masculino
-
conjunto das condições, circunstâncias ou antecedentes de uma situação, acontecimento ou fenômeno.
-
o conjunto de informações ou fatos cujo conhecimento é necessário para o entendimento de um assunto.
-
-
a totalidade dos elementos (antecedentes familiares, classe social, educação, experiência etc.) que contribuíram para a formação de um indivíduo, moldaram sua personalidade e influenciam seus rumos.
-
art.plást. conjunto de elementos que, numa gravura, cena etc., são representados com menor destaque em relação aos elementos principais.
-
cor, estampa ou motivo que serve de fundo a desenho, fotografia, quadro etc.
Ou seja, exatamente tudo o que você poderá conferir nos seus próximos cliques.
Grafite?
Ouvi dizer que é uma arte que inclui todos os tipos de pessoas, estou certo? E como, hein!
Acabou de sair das fraldas? Pode grafitar! A bengala já te incomoda? Troca pelo spray! É mulher, homem, homossexual? Não importa. O grafite não faz distinção. Enfim, ele consegue juntar a galera toda, curar a alma e transbordar seus sentimentos em forma de arte.
Antes de começar, e avançar nas suas descobertas, abra sua mente e retire todo pré-conceito, só assim você confirmará que o grafite é para todos.
Grafite comercial
Que o grafite é conhecido popularmente como uma arte urbana livre, todo mundo já está cansado de saber. Mas, o que pouca gente sabe é que, além da sua técnica consistir em criar obras com conceito artístico e cultural, ele também pode ser comercializado, com desenhos vinculados a propagandas e marketing, bem como, empresas registradas que facilitam a busca de profissionais e execução do grafite em propriedades particulares.
Apesar de se mostrar cada vez mais uma tendência nacional e mundial, a ideia de grafite comercial também é alvo de críticas por estar se distanciando das origens da arte de rua. Muitos profissionais ainda defendem a ideia que o grafite, em si, não é uma profissão, mas uma ferramenta de pintura, um estilo de vida, feito na rua e sem remuneração. Isso tudo se baseia no trabalho autoral, que carrega consigo o objetivo de influenciar o cotidiano da cidade, devendo assim, ser a única linguagem prevalecente.
Mas, de uns anos pra cá, a real necessidade de aumentar o orçamento deu um empurrão no pessoal que tem o dom de deixar as paredes e muros mais coloridos, afinal, por que não transformar a habilidade em lucro? O que antes era visto como contravenção por grande parte da sociedade, hoje ganhou popularidade e já é um estilo
que faz parte do cotidiano, podendo ser visto em grandes construções comerciais e residenciais. Ou seja, o grafite se transformou em um produto. No grafite comercial, geralmente o cliente apresenta uma descrição com um tema específico, o que pode limitar a criatividade do artista. Mas é o preço a se pagar para quem deseja se profissionalizar na atividade e a ter a possibilidade de se viver da arte. Esse é o principal ponto que diferencia o grafite na rua, por hobby, do grafite comercial.
Assim como qualquer atividade comercial, o mercado do grafite também enfrenta seus altos e baixos, acompanhando a economia do Brasil. Essa afirmação é comprovada pela demanda provocada pelos grandes eventos realizados no país, como Copa do Mundo e Olimpíadas, os quais deram maior visibilidade aos artistas. Com isso, os preços das obras variavam de 200 a 500 mil reais.
Só na internet já existem milhares de empresas que oferece serviços de grafite a indivíduos e empresas interessados em modernizar seus espaços. E mais, empresas grandes no mercado da arte têm expandido seu campo de atuação, com projetos de grafite digital (uma técnica criada pela mistura da pintura de grafite tradicional com artes digitais animadas via projetor ou telas de LCD) e a realização de workshops na área.


Grafite x Pichação
Desenhar ou escrever em paredes está na veia artística de todo ser humano. Como isso pode ser afirmado com tanta certeza? Simples! É só perguntar aos seus pais quantas vezes a folha de papel foi substituída por algo mais concreto (literalmente) para seus rabiscos. Mas podemos ir mais fundo, no Brasil encontramos o maior acervo de pinturas rupestres do mundo, o Parque Nacional Serra da Capivara. Localizada no sudeste do Estado do Piauí, a área foi tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade por possuir desenhos feitos há até 25.000 anos.
Isso prova a importância do desenho, tanto para a evolução e estudo da espécie, bem como forma de expressão. Ok, isso tudo é muito lindo! Mas será mesmo que, atualmente, toda forma de street art poderia ser considerada um “patrimônio cultural”, ou é tanta modernidade que beira à sujeira?
Tanto o pixo, quanto o grafite, são capazes de retratar críticas sociais, políticas e econômicas, transformando qualquer centro urbano em uma galeria de arte à céu aberto. Mas na realidade, a parada não é bem essa! Apesar de terem um contexto social parecido, e o pixo ser o berço para tantos grafiteiros, o caminho das duas formas de expressão se diferencia muito aos olhares de qualquer admirador leigo. Enquanto o grafite ganha cada vez mais espaço, o trabalho do pichador continua sendo discriminado.

Região de São Paulo, onde grafiteiros e pichadores dividem o mesmo espaço
Caso Dória
Essa foi a brisa que subiu à cabeça do ex-prefeito da cidade de São Paulo, João Dória, que logo no início de seu mandato vestiu uma roupa laranja, e com um compressor na mão e uma máscara na cara, pintou de cinza uma das maiores telas de arte urbana da capital, os muros da Avenida 23 de maio! Em entrevista dada à equipe de reportagem do site UOL, Dória disse: “Pintei com enorme prazer três vezes mais a área que estava prevista para pintar, exatamente para dar a demonstração de apoio à cidade e repúdio aos pichadores".
Porém, o “gestor” não contava com a parceria tão forte entre pichadores e grafiteiros, afinal, grafiteiro raiz já pichou muito na vida! Isso fez com que Dória reavaliasse sua atitude e se redimisse, declarando aos veículos de imprensa que deveria ter avaliado melhor o que foi feito e ter sido menos impulsivo. Tanto que, poucos meses depois, atacou de grafiteiro na inauguração do “Museu de Arte de Rua” na cidade. Afinal, como o próprio ex-prefeito disse em entrevista dada ao Jornal O Globo, “O grafite é arte, mural é arte. A prefeitura respeita, as pessoas respeitam, admiram e aplaudem!” Porém terminou a fala dizendo: “Todo apoio aos grafiteiros, aos artistas de rua. Aqueles que lamentavelmente ainda insistem na pichação, terá o rigor da lei”.

Grafitti da Avenida 23 de maio

Avenida 23 de maio após decisão de Dória
Penalidade
Há 20 anos, a legislação brasileira (artigo 65 da Lei nº 9.605/ 1998) decretou a punição para todo mundo que “pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação ou monumento urbano”. A pena seria de três meses a um ano, aumentando de seis meses a um ano se o ato for praticado contra qualquer monumento ou patrimônio tombado.
E nesse barco da reprovação, pixo e grafite remavam juntos. No entanto, com o tempo, a diferença estética entre os dois fez o grafite pular no mar de tinta e nadar sozinho rumo ao reconhecimento como arte moderna. E conseguiu! Fazendo com que fosse descriminalizado pela Lei nº 12.408, de maio de 2011: “Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”.
Hoje, a capital paulista conta com uma lei (Nº 16612/ 2017) que pune qualquer ato de pichação com multas que vão de R$ 5 mil a R$ 10 mil. Além disso, está incluído na lei qualquer comércio que vender tinta spray à menores de 18 anos. Caso insistam, terão que desembolsar R$ 5 mil. Isso inspirou cidades de outras regiões como Curitiba, Distrito Federal e Goiânia, que aumentou em 70% a multa máxima para pichações (de R$ 5.587,90 para R$ 9.540).

Fonte da Praça Júlio Mesquita, em São Paulo, foi instalada em 1926
Álbum (Grafite vs pichação)
Álbum (Grafite para idosos)
Álbum (Arteterapia)
Giulia é uma estudante de direito que está no 4º semestre e que descobriu nas artes do desenho e da pintura uma forma de relaxar, desestressar e fugir dos problemas da vida e de sua rotina puxada.
Álbum (PilastrART)
Making of

Nosso time
A produtora acadêmica Unity foi criada com o objetivo de produzir os mais diversos conteúdos acadêmicos e seu nome vem do latim da palavra “unitas” que significa único ou indivisível, a unidade é ser único, mas não de apenas uma pessoa, mas sim de um conjunto com um mesmo foco e pensamento,
unidade é a união de componentes com uma mesma identidade, pelo dicionário significa algo que não pode ser dividido ou separado, independente do papel de cada integrante a união é a base da produtora, esse é o conceito que a união dos integrantes com um mesmo propósito faz a diferença.



















